domingo, 1 de fevereiro de 2015

Não te deixe enganar: o Deus que te abençoa não se comove com o que qualquer um te declarar (seja mais dele e descubra Ele sempre será teu)

Quem primeiro me deu, para que eu haja de retribuir-lhe? Pois o que está debaixo de todos os céus é meu. (Jó 41:11)
Nos últimos anos, no afã de reunirem mais e mais adeptos, vários movimentos ditos evangélicos estabeleceram como prática corriqueira a apresentação de um Deus subserviente ao dito pelos homens na “Terra”. É certo que os líderes desse movimento não admitem que tratam a Deus dessa forma, mas basta que tenhamos atenção ao seu discurso e veremos uma distorção e uma inversão de valores
Frequentemente vejo pulularem nas redes sociais imagens de “ministros do evangelho” “declarando” que Deus mudará a vida das pessoas se elas curtirem ou compartilharem sua declaração. Em diversos programas de televisão, “teleevangelistas” não se furtam em trabalhar a partir do desespero de pessoas repletas dos mais diferentes problemas, apresentando-lhes o céu na Terra.
A mim, parece que o mais importante é que partamos do princípio de que Deus não tem compromisso com qualquer palavra que não seja a Sua palavra, de modo que não é porque alguém afirmou a plenos pulmões que Deus fará algo, que Deus, de fato, fará esse algo.
E alguém poderia perguntar: mas Ele não pode fazer? E a resposta é Sim. Deus pode fazer isso, pode fazer mais e depois de ter feito muito, pode fazer ainda infinitamente mais do que foi pedido, do que foi pensado e até do que foi “declarado”. Mas a questão principal é que Deus não TEM OBRIGAÇÃO de fazer isso e, se e quando faz, o faz porque é bom e a “sua benignidade é para sempre”.
Ora, Deus conhece o coração do homem, seus medos e suas dificuldades e seria de se arriscar dizer que Ele “entende” a tendência do homem se voltar a Ele mais nos momentos de angústia e desesperação e, por ser essencialmente amor, se dispõe a alterar os mais diferentes cativeiros daqueles que o buscam com o entendimento de que Ele não é mero solucionador “daqueles problemas específicos”, mas sim, que a solução que Ele é, está em que o homem faça dEle a figura central de sua vida, e isso não só nos momento das adversidades, mas nos de bonança também.
Mas além de amor, Deus é justiça e, justo que é, sabe retribuir com as mais ricas e verdadeiras bênçãos, aqueles que o buscam com um coração repleto de verdade. Em assim sendo, não se pode ter como verdadeiros aqueles que se aproximam de Deus barganhando com Ele, como quem diz “Deus, eu estou te dando e então quero algo de volta”, mas sim para aqueles que se aproximam de Deus dizendo “estou ME dando, porque eu estou de volta para Ti, dai-me, pois, conforme a Tua sabedoria, aquilo que me for o melhor de acordo com a minha real necessidade”.
E é quando penso, pois, que é nisso que se encerra o conselho de Jesus quando diz “buscai primeiro a Deus e o mais será acrescentado” e não nas diversas campanhas onde se você “ofertar X” Deus te dará “10X”, ou se for dos 300, ou dos 12 ou de quantos forem os modelos que colaboram para, descontextualizados, mentirem por um Deus que não precisa que Lhe guiem ou ensinem como deve agir.
Por fim, lembro que é o próprio Deus quem se põe à prova de qualquer desafio e sei, por experiência própria, que quando nos ofertamos a Ele (não o que temos, mas aquilo que somos), Ele “abre as janelas do céu, e derrama sobre nós bênçãos tais que não nos resta lugar suficiente para que as recolhamos”. Mas primeiro somos nós que nos damos, para que, depois, seja Ele a se nos dar.

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