segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Deus é justo: Ele aprova, ensina e capacita, mas não faz a tua parte por você.

Se desprezei o direito do meu servo ou da minha serva, quando eles contendiam comigo, então que faria eu quando Deus se levantasse? E, inquirindo a causa, que lhe responderia? Aquele que me formou no ventre não o fez também a ele? Ou não nos formou do mesmo modo na madre? (Jó 31:13-15)

Do homem são as preparações do coração, mas do Senhor ,a resposta da boca.(...) Cofia ao Senhor as tuas obras e teus pensamentos serão estabelecidos (Provérbios, 16: 1 e 3)

É crescente o número de pessoas que acreditam que Deus privilegia um em detrimento de outro. Não raro ouvimos afirmações no mesmo sentido daquele jogador de futebol que agradece o gol que Deus lhe ajudou a marcar, ignorando que para tê-lo ajudado, Deus teria que ter “prejudicado” o goleiro, todo o time adversário e até a torcida desse time.
Qual será a dificuldade que faz com que a maioria das pessoas descreiam que Deus é Deus de todos, até dos que não acreditam nEle, o que implica no fato de que não é certo se crer que Ele faria qualquer acepção premiando um em detrimento de outrem, sem que haja razão que o justifique.
A justiça de Deus é tamanha que não Lhe permitiria premiar o desmerecedor. Até pode haver quem diga que se Deus tiver algum projeto em determinado lugar e que esse projeto pede a presença de determinada pessoa, Deus o colocará ali, mas é quando me sinto inclinado a lembrar que sempre que Deus colocou seu povo numa posição de vitória, fez com que, primeiro, eles lutassem por isso.
Sim. Os relatos histórico-bíblicos mostram o “povo de Deus” saindo a diferentes guerras e muitas vezes sendo derrotados e escravizados e nós não temos qualquer razão para acreditar que saíram dessas batalhas sem dores, arranhões e sem mortos dentre esse povo vitorioso. Ou seja, mesmo quando Deus “deu” a vitória para que Israel cumprisse sua promessa maior, foi necessário o empreendimento de grandes esforços por parte dos que foram vencedores. Nada lhes caía no colo, ou então, Deus não seria a justiça que sempre se declarou.
Passar por provas, seleções, concursos, não será por milagre, mas por merecimento. Colocando a nossa vontade para Deus, pedindo capacitação, aprovação aos desejos de nosso coração, Ele nos guiará à melhor estratégia de preparação e realização desse projeto, mas não nos pegará a mão e responderá a tudo por nós. Ele aprova, Ele capacita, mas Ele espera que façamos por onde obter o resultado que Ele providenciou, mas sem nos colocar acima de quem quer que seja que mereça mais do que nós.
Da mesma forma devemos ser nós em relação a todas as outras pessoas que passarem pela nossa vida. Não temos direito algum de desprezas quem quer que seja para lucrarmos sobre seu opróbio. Uma vez que tenhamos todos sido formados da mesma forma, nesse mesmo mundo, não há o que nos faça melhores ou mais merecedores de boas sortes.
Cada um conforme sua obra e aquilo que fez e não teremos atentado contra Deus, mas a cada vez que nos perfazemos sobre a má-ventura do nosso próximo, nos perfazemos às custas de ofendermos a boa e inerrável justiça divina, ou então, quando chegar o momento de prestarmos contas do que fizemos, o que responderemos?
Façamos, pois, o quanto antes, tudo aquilo que foro nosso melhor e mais justo enquanto a gente viver.

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